A Volvo Penta revelou uma visão fascinante de um futuro mais ecológico com o lançamento de seu primeiro motor diesel/híbrido para embarcações de recreio.
Embora ainda seja um protótipo, ele é baseado em um motor D4 padrão de 320hp e com rabeta DPI com um motor diesel elétrico adicionado à linha de transmissão.
Em entrevista ao site MBY.com, o gerente de projetos de vendas, Jonas Karnerfors, confirmou que isso será a base de produção para uma gama de motores híbridos Volvo Penta D4 e D6.
Para avaliar o quão bem funciona na prática, dois dos motores protótipos foram instalados em um barco rápido de alumínio de 50 pés.
Construída pela Marell Boats Suécia e operada pela Hurtigruten Svalbard, uma empresa norueguesa de viagens de aventura, levará os visitantes para as águas remotas e ambientalmente sensíveis do arquipélago de Svalbard aproximadamente a meio caminho entre a Noruega e o Polo Norte.
As temperaturas abaixo de zero e as longas horas de duração (espera-se que aumentem 1.000 horas este ano) fornecerão um teste rigoroso da confiabilidade dos motores, enquanto seu funcionamento no modo elétrico é muito silencioso, deve minimizar o impacto ecológico e melhorar a experiência dos visitantes.
Conhecendo o Modo Híbrido
A Volvo Penta ainda não irá compartilhar detalhes técnicos completos do novo motor híbrido, como a potência do motor elétrico ou o tamanho da bateria de íons de lítio, mas confirmou à MBY que o sistema híbrido paralelo oferecerá três modos de condução diferentes: elétrico, híbrido e potência.
No modo elétrico, ele só será capaz de velocidades de até 10 nós, mas deve ser capaz de cruzar a 5-6 nós por até cinco horas, dando um alcance de cerca de 30nm apenas na bateria. No modo de potência, o motor diesel e o motor elétrico funcionarão simultaneamente para aumentar a aceleração e a velocidade.
Na verdade, o motor elétrico substitui o compressor mecânico que é instalado nos motores D4 e D6, que aumenta torque para preencher o atraso na aceleração em baixas RPM, antes dos turbos entrarem em ação.
Embora o motor elétrico seja totalmente integrado à linha de transmissão, adicionando menos de 500 mm ao comprimento do motor, a própria bateria pode ser instalada remotamente para aliviar as restrições na Casa de Máquinas do motor.
Isso pode ser carregado na marina para minimizar a queima de combustível ou enquanto o motor diesel estiver funcionando. Neste último caso, a unidade de controle do sistema é programada para aproveitar o potencial não utilizado entre a energia que está sendo usada atualmente para impulsionar o barco e sua eficiência de pico real para recarregar as baterias da forma mais eficiente possível.
Os modos de condução e carregamento podem ser selecionados manualmente pelo operador ou deixados no modo totalmente automático para que o sistema de gerenciamento do motor decida.
Crucialmente, a Volvo está determinada a oferecer o drivetrain híbrido como um pacote off-the-shelf que inclui a unidade de bateria e propulsão, em vez de permitir que os fabricantes de barcos ou clientes escolham seu fornecedor de baterias.
Ele ainda não se comprometeu com uma data de lançamento para as unidades de produção, mas indicou à MBY que provavelmente seria dentro dos próximos cinco anos.
Um dos grandes fatores determinantes será o tamanho, disponibilidade e preço das baterias. No momento este é de longe o componente mais caro do pacote híbrido, que deve mais do que triplicar o custo de um motor diesel Volvo Penta D4 convencional. A esperança é que a densidade e o preço das baterias caiam substancialmente nos próximos anos, à medida que a movimentação em direção a veículos elétricos traz custos reduzidos de produção.
Introduzindo o método pré-pago
Enquanto isso, a Volvo Penta está experimentando uma nova forma de cobrança por hora que fará com que os proprietários da Hurtigruten sejam cobrados de acordo com os kW horas de uso do motor, em vez do gasto de capital inicial para a compra dos motores.
A Volvo diz que este é um experimento no que chama de “mobilidade eletrônica como serviço”, e diz estar atraindo muito interesse dos operadores comerciais. No entanto, é mais difícil ver como os números se somariam para os proprietários de barcos de lazer, que normalmente só usam seus motores por cerca de 50-60 horas por ano.
O programa piloto está sendo executado em parceria com a Marell Boats e o Hurtigruten Group, dando à Volvo uma visão vital de como os novos motores se integrarão ao processo de fabricação de barcos, bem como como eles se comportam em um ambiente do mundo real.
A Volvo Penta está confiante que o maior tamanho dos motores híbridos caibam na maioria das Casa de Máquinas das embarcações existentes e encontrar espaços adequados para alojar as baterias e não interfiram na distribuição de peso, mas pode ser mais complicado em algumas embarcações.
Resultado dos testes do motor D4 Híbrido Volvo Penta
Jonas está confiante de que até o final da temporada, o teste Hurtigruten terá fornecido todas as informações necessárias para finalizar a especificação técnica dos motores de produção.
Então só restará a questão de quando disponibilizá-los para o público em geral e a que preço eles serão oferecidos. De qualquer forma, a Volvo Penta está convencida em lançar uma gama completa de soluções de motores híbridos, não apenas para os motores D4 e D6, mas para todo o seu portfólio marítimo, incluindo suas maiores ofertas de IPS.
“Nosso objetivo é ser líder mundial em soluções de energia sustentável”, explica Jonas. “Para isso, queremos fazer parcerias com empresas que tenham visão e coragem para se juntar a nós.
(fonte: mby.com)
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